sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ecoclubes

Num tempo em que tudo parece perdido e onde o desalento vai alastrando pela sociedade, ainda se vislumbram pequenas ilhas de esperança. Os Ecoclubes são disso um bom exemplo. Mobilizam os jovens pela causa da protecção, defesa e recuperação ambiental e têm vindo a ganhar novas adesões a nível nacional. Também em Ovar se formou em 2007 (iniciado em 2006 como da Habitovar) o Ecoclube da Poupa que tem um lindíssimo logotipo e mais recentemente o Ecoclube Júlio Dinis. A nível nacional, tem sido incansável o trabalho de dinamização e promoção dos Ecoclubes. Aqui ficam alguns contactos no meu modesto contributo e reconhecimento pelo excelente trabalho que têm realizado: www.ecoclubes.org email:ope.portugal@gmail.com

terça-feira, 13 de julho de 2010

Humor anti-crise


O sempre imperdível Bartoon, no público de hoje.

“dívida total da economia perto dos 350% do PIB”

O sistema financeiro português continua debaixo de fogo. Primeiro, foi a Moodys a baixar o rating de Portugal em dois níveis. Depois, foram as declarações ao Finantial Times do analista do Royal Bank of Scotland. De pouco valem as palavras tranquilizadoras do Presidente da República, do Ministro das Finanças e do Primeiro Ministro. Compreendo a necessidade, mas são inóquas as declarações de "virgem ofendida" quando todo o sistema está completamente dependente do financiamento externo. Não ficarei surpreendido se surgir um PEC3 e nele se recorrer à poupança forçada, nomeadamente através do Subsídio de Natal. Aqui fica a notícia do Jornal de Negócios com a transcrição das declarações daquele analista.

"O Royal Bank of Scotland afirma que Portugal tem uma baixa taxa de crescimento nominal "crónica" e que os bons resultados das medidas de austeridade "são pouco relevantes". Por estes motivos, o Royal Bank of Scotland considera que o “rating” da dívida portuguesa devia ser, no mínimo, “BBB”.

O banco sublinha o facto da “dívida total da economia estar perto dos 350% do PIB”. “Isto significa que o ajustamento [de Portugal] a um mundo com maior risco vai ser doloroso e que [a situação portuguesa] precisa de ser cuidadosamente gerida pela autoridades europeias”, escreve o analista Harvinder Sian no “Financial Times”.

A escassez de financiamento internacional explica porque é que a dependência da banca portuguesa do Banco Central Europeu tem vindo a aumentar tão rapidamente. O recurso ao BCE quase duplicou entre Abril e Maio para um total de 36,8 mil milhões de euros. Existe algum recurso interno que ajude a aliviar estas preocupações? Não. Isto não significa que Portugal esteja terminado. Significa apenas que Portugal vai depender do BCE e do norte da Europa durante o seu processo de ajustamento”, escreve ainda o analista do Royal Bank of Scotland."

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Espanha campeã do Mundo - O segundo melhor resultado para Portugal

Estudos empíricos parecem evidenciar um efeito positivo na economia dos países que têm ganho grandes eventos desportivos, nomeadamente os campeonatos da Europa e do Mundo de Futebol. Existe também essa expectativa relativamente a Espanha. O eventual maior crescimento do PIB espanhol poderá também ser benéfico para Portugal, já que este País é o nosso principal parceiro das trocas comerciais. Pessoalmente e tendo Portugal sido eliminado da competição, defendi a selecção espanhola com fervor (mesmo contra a minha filha mais nova) e tive uma enorme alegria com a sua vitória! Não tem nada a ver com o iberismo da "Jangada de Pedra" do Saramago, ou com o prémio de consolação de só termos perdido com os campeões do Mundo. É que eu tenho uns antepassados, da parte do meu tetra, tetra, ..., tetra avô Afonso Henriques que era do actual reino de Espanha. LOL (como soi agora dizer-se)!

Feira Medieval na Vila de Mões em Castro Daire


À excelente gastronomia, às belíssimas paisagens naturais e à elevada qualidade das águas termais, o Município de Castro Daire acrescentou este fim de semana, mais um motivo de interesse para uma agradabilíssima visita: a VII Feira Medieval na Vila de Mões. Fiquei impressionado pela qualidade da animação e o público acorreu em número muito significativo. Valeu bem a visita!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A generosidade do BCP

Se a situação da Banca é tão difícil e a do BCP em particular, porque decidiu a administração pagar salários até ao final de 2010 a Armando Vara se este decidiu demitir-se? Aqui fica a notícia do Jornal de Negócios.

"Pressões accionistas levam Armando Vara a abandonar BCP
O antigo vice-presidente do banco tem direito aos salários até ao final do mandato, ou seja, 260 mil euros

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Maria João Gago
mjgago@negocios.pt


O antigo vice-presidente do banco tem direito aos salários até ao final do mandato, ou seja, 260 mil euros

As pressões de accionistas e de membros do conselho geral e de supervisão do BCP para que Armando Vara abandonasse a gestão da instituição devido ao seu envolvimento no processo Face Oculta culminaram na sexta-feira com a sua renúncia do cargo de vice-presidente do BCP.

Apesar de ainda no final de Abril ter garantido ao Negócios que não sairia do banco - "a renúncia não é o meu género", afirmou à saída da comissão parlamentar de inquérito à tentativa da PT de comprar a TVI -, Vara acabou por ceder.


As movimentações accionistas para que o gestor se desligasse do BCP terão começado semanas após a última assembleia-geral do banco, em que diversos investidores criticaram o facto de Vara receber salário apesar de ter optado pela suspensão de funções, depois de ter sido constituído arguido por suspeitas de alegada corrupção. "Não é um custo de trabalho, é um donativo", afirmou um dos pequenos accionistas na AG de 12 de Abril. Outro classificou a situação de "imoral" e de "péssimo precedente".


Independentemente das críticas que animaram a reunião de accionistas, Vara vai receber os salários a que teria direito caso concluísse o mandato para que foi eleito em Janeiro de 2008 e que termina no final deste ano. Tendo em conta que sai do banco no início de Julho, o gestor ainda tem direito a metade da remuneração anual, 260 mil euros.


Em comunicado, o BCP diz que a decisão foi tomada pelos órgãos sociais competentes e por Vara, já que "o imprevisto arrastamento do processo judicial (...) tornou inconveniente para o interesse social o prolongamento da actual situação de suspensão". E sublinha que este desenlace não põe em causa "o respeito pela presunção de inocência" do gestor."

Desafios para a economia internacional em 2010

Foi este o nome da conferência realizada no Europarque no dia 1 do corrente mês de Julho, promovida pelo IAPMEI e BES e a que tive o privilégio de assistir. O Professor Stéphane Garelli fez uma apresentação brilhante, muito apreciada pela numerosa plateia. Na parte final da conferência apresentou aqueles que designou como os quatro pilares do crescimento económico. E quando falava dos mercados emergentes da África, América Latina e Ásia como o primeiro pilar desse crescimento e preponderantes para o mesmo, referiu-se ao regresso da procura das "commodities", enfatizando o negócio da água potável. Este, ganhará especial relevância pelo facto de ser crescente a escassez de água a nível mundial motivada pelo facto da quantidade de água doce existente no planeta ser constante, a poluição reduzir ainda mais a água potável disponível e o crescimento populacional nas próximas décadas ser exponencial. Não tenho dúvidas que o controlo e distribuição da água, que sempre foi importante ao longo de toda a história da humanidade, vai ter nas próximas décadas uma importância muito acrescida.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Redução da Despesa Pública - Crónica de Bagão Félix na Antena 1

Na edição do passado dia 30 de Junho do programa "Conselho Superior" da Antena 1, Bagão Félix com a lucidez e clareza que lhe são peculiares, elencou um conjunto de propostas muito concretas para a redução da despesa pública. Entre outras, destaco a diminuição do número de Ministérios e Secretarias de Estado, a redução de assessores, conselheiros e demais membros dos gabinetes dos ministérios, a redução do outsorcing assumindo as direcções gerais a plenitude das suas competências, a redução do número de Deputados na Assembleia da República, uma reforma da administração interna reduzindo o número de freguesias, a eliminação de empresas municipais e dos Governos Civis, a redução do número de administradores nas empresas públicas e a redução das subvenções partidárias. Vale a pena ouvir a entrevista na íntegra:
http://ww1.rtp.pt/multimedia/progAudio.php?prog=2320&clip_wma=69017