domingo, 9 de janeiro de 2011

Políticos, Mercados e FMI

Bem podia ser uma nova versão do clássico western "Feios, Porcos e Maus". E não forçosamente por esta ordem. Mas é apenas uma referência pessoal, para expressar a minha opinião sobre o eventual pedido de ajuda de Portugal à UE e ao FMI. No dia 5 deste mês escrevi o post "Maktub", onde ficou implícito que o destino estava traçado. Em 25/10/2010, no meu post "Acredito mais nos gráficos do que nos políticos" onde citei a opinião de Ulisses Pereira um respeitado trader de Aveiro que a propósito do OE 2011 concluia que os mercados já tinham mostrado que acreditavam que este iria ser aprovado não obstante as declarações políticas em sentido contrário. Os gráficos eram o reflexo disso. Na passada sexta-feira, a Bolsa de Lisboa teve uma forte queda, superior a 3% e no mesmo dia, os juros da dívida soberana portuguesa ultrapassavam os 7%. A comunicação social fez eco de notícias estrangeiras que dão conta que estará para breve o "resgate" de Portugal. Sócrates desvaloriza as notícias e afirma que Portugal vai cumprir o objectivo para 2010 e que isso acalmará os mercados. Só que os mercados já não acreditam que Portugal faça o que tem que ser feito: reformas estruturais sérias e arrojadas! Não é com tretas como a integração do Fundo de Pensões da PT para baixar o défice! Até pode ser legal, mas é completamente errado que a integração do fundo de pensões da PT possa baixar o défice. É pura cosmética da contabilidade pública nacional com o aval da UE. Mas para os mercados, isso NÃO VALE NADA! Conheço razoavelmente políticos e mercados. E como Ulisses Pereira, acredito muito mais no que dizem os segundos. O FMI está à porta! A obstinação de Sócrates e as consequências políticas das presidenciais de Janeiro, devem fazer retardar o pedido de ajuda. Mas ele está iminente.

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