segunda-feira, 5 de julho de 2010

A generosidade do BCP

Se a situação da Banca é tão difícil e a do BCP em particular, porque decidiu a administração pagar salários até ao final de 2010 a Armando Vara se este decidiu demitir-se? Aqui fica a notícia do Jornal de Negócios.

"Pressões accionistas levam Armando Vara a abandonar BCP
O antigo vice-presidente do banco tem direito aos salários até ao final do mandato, ou seja, 260 mil euros

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Maria João Gago
mjgago@negocios.pt


O antigo vice-presidente do banco tem direito aos salários até ao final do mandato, ou seja, 260 mil euros

As pressões de accionistas e de membros do conselho geral e de supervisão do BCP para que Armando Vara abandonasse a gestão da instituição devido ao seu envolvimento no processo Face Oculta culminaram na sexta-feira com a sua renúncia do cargo de vice-presidente do BCP.

Apesar de ainda no final de Abril ter garantido ao Negócios que não sairia do banco - "a renúncia não é o meu género", afirmou à saída da comissão parlamentar de inquérito à tentativa da PT de comprar a TVI -, Vara acabou por ceder.


As movimentações accionistas para que o gestor se desligasse do BCP terão começado semanas após a última assembleia-geral do banco, em que diversos investidores criticaram o facto de Vara receber salário apesar de ter optado pela suspensão de funções, depois de ter sido constituído arguido por suspeitas de alegada corrupção. "Não é um custo de trabalho, é um donativo", afirmou um dos pequenos accionistas na AG de 12 de Abril. Outro classificou a situação de "imoral" e de "péssimo precedente".


Independentemente das críticas que animaram a reunião de accionistas, Vara vai receber os salários a que teria direito caso concluísse o mandato para que foi eleito em Janeiro de 2008 e que termina no final deste ano. Tendo em conta que sai do banco no início de Julho, o gestor ainda tem direito a metade da remuneração anual, 260 mil euros.


Em comunicado, o BCP diz que a decisão foi tomada pelos órgãos sociais competentes e por Vara, já que "o imprevisto arrastamento do processo judicial (...) tornou inconveniente para o interesse social o prolongamento da actual situação de suspensão". E sublinha que este desenlace não põe em causa "o respeito pela presunção de inocência" do gestor."

2 comentários:

  1. Ás tantas já é necessário pagar (subornar) aos cleptocratas, para os ver fora da porta.
    Em Portugal com estes no poder passou a ser norma.

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  2. A este respeito veio-me à ideia um simples pensamento: aplicar os princípios de descriminação positiva e do utilizador/pagador aos responsáveis pela situação deficitário em que o país se encontra.

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