sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Mercados vs. Dívida Pública - FMI em Portugal: Haverá duas sem três?
"O FMI já entrou em Portugal por duas ocasiões – em 1977 e em 1983. Caso para dizer: Haverá duas sem três?". É desta forma que o Millennium Investment Banking, depois de uma análise aos mercados Grego, Irlandês e Português, termina o "Tópicos II" de hoje. Este sentimento contrasta profundamente com o optimismo que o Governo Português se tem esforçado por transmitir relativamente à colocação da dívida portuguesa. Para quem esteve atento ao comentário de Cavaco Silva ao alegado sucesso, não passou despercebida a referência a que teria que saber primeiro quem comprou a dívida, para se poder pronunciar. A insistência da comunicação social estrangeira sobre a origem dos compradores e as respostas evasivas de Teixeira dos Santos, deixaram perceber o que Cavaco Silva seguramente já sabia: as prévias negociações com a China para a compra de dívida portuguesa, foram a verdadeira razão porque a procura foi elevada. Se ainda assim a taxa esteve próxima dos 7%, o sinal é claro: o mercado mantém a desconfiança sobre Portugal e quando assim é, o prémio de risco continua elevado. Demasiado elevado, porque seremos todos nós que pagaremos estes juros. Assim, por mais sacrifícios que se façam, o endividamento continuará a aumentar e o monstro a crescer. Até quando?
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