O jornal "i" na sua edição de hoje dá conta que a RTP poderá ter que gastar 12,8 milhões de euros caso opte por dispensar os 300 trabalhadores que deverá abranger o plano de reestruturação que entregou ao Governo e que ainda está em apreciação pelo ministro Miguel Relvas.
Começa assim, a ganhar contornos o processo de privatização.
Sou dos que acreditam na necessidade de um serviço público de televisão. A divulgação do novo acordo ortográfico, programas sobre história, debates públicos sobre temas de relevância nacional, a promoção do turismo em português como este ano foi largamente feito, percorrendo todo o País e mostrando o que de melhor temos de património histórico, cultural, paisagístico, de bem estar e saúde, de lazer, gastronómico, etç, são alguns dos bons exemplos desse serviço público. Mas, a recorrente transmissão de touradas faz parte desse serviço? E a transmissão de tantos jogos de futebol da primeira liga? Se fossem os da selecção, até se compreendia. E a proliferação de canais é justificável? E não existem meios internos para a produção de mais conteúdos próprios, sem recorrer tanto à subcontratação de produtores externos?
São as ineficiências e erros de gestão que fazem denegrir a imagem do serviço público, levando depois ao emagrecimento forçado, ao desemprego e a que sobre todos nós recaia o ónus de o pagar.
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