Nas últimas semanas o País foi invadido por notícias de corrupção, escutas, arguidos, etç. Temos assistido a declarações públicas, entrevistas e debates onde intervêm as mais altas individualidades do poder político ou do sistema judicial. Entre tantos outros ilustres portugueses, ouvimos Professores de Direito, Legisladores, Juízes, Procuradores, Conselheiros, Advogados e seu Bastonário, Sindicato do MP, Deputados, Ministros, Primeiro Ministro, Procurador Geral da República, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e até o Presidente da República pronunciarem-se sobre o sistema judicial português e o mediático processo Face Oculta, desembainhando argumentos agudos ou tecendo generalidades flácidas. Em tertúlias públicas ou no remanso entre amigos, germina num enorme campo repleto de anteriores processos inconsequentes, a firme convicção da ineficácia do sistema judicial e a falta de vontade política de o alterar. Quem viu esta semana o programa "Prós e Contras" eliminou as dúvidas que eventualmente ainda persistissem. Por isso, o que emerge como face bem visível dos sistemas judicial e político em Portugal, é uma proximidade translúcida, de contornos indefinidos, perigosa e corrosiva, que põe em risco os fundamentos da democracia.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Ainda hei-de ver Armando Vara e outros arguidos (inocentes até trânsito em julgado), a entrarem na Assembleia da Republica (com direito a transmissao em directo na TV)e serem aplaudidos de pé (quais heróis) pelos digníssimos senhores deputados...
ResponderEliminarCamoesas