O Procurador Geral da República tem tido uma intervenção muito peculiar no que diz respeito às escutas que envolvem Armando Vara e José Sócrates, recolhidas no âmbito do processo Face Oculta. Nunca se percebeu muito bem onde esteve o processo a marinar: se antes de lhe chegar às mãos, se no seu gabinete, se no STJ ou se no regresso, veio pelo caminho das pedras. Após uma intervenção processual muito controversa e tendo começado por dizer que por ele, até colocava todo o processo disponível na internet, o tom das suas declarações foi-se modulando às vozes que tenazmente reclamam a imediata destruição daquelas escutas. Depois, foi a famosa reunião de 4h onde pelos vistos a única decisão consensual, foi não prestar declarações para além do comunicado. Hoje, ocorreram mais dois factos relevantes para esta telenovela - o discurso de tomada de posse do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, onde foi feita alusão clara à necessidade de agravar as sanções da violação do segredo de justiça pelos jornalistas e a reunião do PGR com o Senhor Presidente da República no final da qual, aquele anunciou que na próxima semana, revelaria a sua decisão no caso do processo das escutas que envolvem José Sócrates.
Esta é mais uma novela judicial, com um argumento até interessante, mas onde o final da mesma, é muito fraquinho e extremamente previsível.
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