quarta-feira, 16 de março de 2011
Quando o exemplo vem de cima
Esta terça-feira a imprensa financeira dava conta que a Sonae vendeu 2 lojas do Centro Comercial Vasco da Gama em Lisboa a um Fundo Imobiliário do BPI e de seguida retomou-as numa operação financeira de leaseback. Com esta operação, a Sonae encaixou uma mais valia de 16,6 milhões de euros. Trata-se de uma operação conhecida na gíria como de engenharia financeira (outros designam-na de cosmética financeira ou contabilística)e que nada alterando de substancial à realidade patrimonial ou contas de exploração, permite o aumento da liquidez da Sonae, a contabilização de uma mais valia substancial e a melhoria de vários indicadores económicos e financeiros. Tudo isto, diga-se, tem plena cobertura legal e é do conhecimento das autoridades de supervisão incluindo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Para o BPI foi um negócio financeiro em que cobrou uma taxa de juro inicial de 6,1% e o MillenniumBCP manteve a sua avaliação do grupo Sonae. Depois ainda se estranham as bolhas que rebentam! Mas não foi uma situação análoga que o Governo fez no final de 2010 com o fundo de pensões da PT?
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