sábado, 12 de maio de 2012

Economia portuguesa: e depois da crise?

Não é uma nova versão do "e depois do adeus" que Paulo de Carvalho levou à Eurovisão em 1974. É uma constatação económica. As maiores empresas portuguesas, incluindo as que ainda têm capitais públicos e que são estruturantes para a economia do País, estão a ser vendidas, não por uma opção política ou de gestão, mas porque os seus actuais detentores do capital estão em asfixia financeira. CGD, demais Banca e Fundos de Pensões, por absoluta necessidade, estão a desfazer-se das posições em grandes empresas, vendendo-as a preços de saldo. Do lado comprador, aparecem brasileiros, árabes chineses, angolanos, etç. Isabel dos Santos que já tinha uma posição importantíssima em vários bancos e na Galp, também comprou agora 15% da ZON. A Cimpor está sob uma OPA de capital brasileiro. EDP, EDPR e REN foram parar aos chineses e a última também a arábes. E a procissão ainda vai no adro. No final, a macro estrutura produtiva em Portugal, terá todos os centros de decisão estrangeiros e com capital português, teremos as micro, as pequenas e as médias empresas. Serão estas que mais marcarão o desenvolvimento futuro da economia portuguesa e a criação de emprego. Mas é curto.

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