domingo, 19 de julho de 2009

Águas: PCP contra dispersão em bolsa do capital da AdP

Deixo aqui a síntese de uma notícia no "Diário Digital" que despertou a minha atenção: "O deputado da CDU Honório Novo manifestou-se hoje contra a anunciada dispersão em bolsa do capital da Águas de Portugal (AdP), pelos eventuais efeitos no aumento das tarifas praticadas aos consumidores." http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?id_news=120649.

7 comentários:

  1. Goste-se ou não deles, uma coisa é certa: aos comunistas não lhes falta nem coerência, nem atenção. Honório Novo é uma das pessoas que mais admiro da política nacional.

    A actuação do Governo português é aquilo a que se chama ser mais papista que o papa. Não é que eles tenham que privatizar por uma directiva europeia (onde está a nossa autonomia?); o facto é que eles QUEREM privatizar. Andam a jogar os nossos serviços públicos no casino da bolsa.

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  2. Ou seja, uma maneira indirecta de privatizar!

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  3. o que eu gostava de saber é qual a sua opinião sobre o assunto?

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  4. A eventual dispersão em bolsa do capital das Águas de Portugal poderá ser feita em moldes similares ao que foi feito com a EDP, ou seja, a alienação de tranches talvez em três fases ao longo de uns 4 ou 5 anos. O objectivo mais imediato será provavelmente o encaixe financeiro para reduzir o défice das contas públicas que entretanto se agravará significativamente. Argumentar-se-á a favor com a eficiência dos mercados e os privados poderem participar no esforço de investimento e que são capazes de gerir melhor. Num horizonte de médio e longo prazo, provavelmente acontecerá o mesmo que com a PT e EDP e a participação do Estado será reduzida mas com direitos especiais. Tenho os mesmos fundados receios do agravamento das tarifas, tanto mais que se trata de monopólio ou oligopólio mas também não me espantaria que se argumentasse que a entidade reguladora lá estará para controlar. E claro, esta é também uma forma possível de passar ao lado do controlo das privatização p.e. pelos municípios em empresas como a EGP onde Ovar participaria (ou participará?).

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  5. Haverá alguma forma de impedi-los de fazer semelhante barbaridade?

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  6. Caro Zé David
    Concordo com a sua sua opinião acrescentando que, e esperemos que não venha tão cedo, mas com uma crise igual à actual, que aconteceria? Quem iria pagar os eventuais prejuizos? Deixo ao critério de cada um.

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  7. Esta é uma razão adicional para que ponderemos muito bem uma eventual adesão do Município de Ovar ao sistema intermunicipal da região de Aveiro em que as Águas de Portugal passam a deter 51% do capital e os municípios (9 ou 10 se Oliveira do Bairro alterar a decisão) no seu conjunto apenas 49%. A eventual abertura do capital das Águas de Portugal com dispersão em bolsa não depende de qualquer consentimento dos Municípios e indirectamente passam a incluir os activos correspondentes a 51% dos sistemas deste conjunto de Municípios. Muito mais importante do que dizer que vão repavimentar a rua A ou fazer a obra B, os candidatos à Câmara devem esclarecer os munícipes o que defendem relativamente à exploração dos sistemas de água e saneamento do Município de Ovar. Só assim estarão ligitimadas as suas posições.

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