quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pedro Nuno Santos e a Bomba Atómica


O economista Sanjoanense Pedro Nuno Santos é Vereador em S. João da Madeira, Presidente da Federação de Aveiro do Partido Socialista, Deputado na Assembleia da República e defensor do Estado de Direito. Ontem, afirmou e reafirmou sucessivas vezes em Castelo de Paiva, marimbar-se para os credores do País (bancos franceses e alemães) e defendeu o uso da bomba atómica, não pagando. Os maiores credores de Portugal, curiosamente não são nem a França, nem a Alemanha, que no seu conjunto, em Junho de 2011 eram credores de 45,7 mil milhões de euros quando só a Espanha era credora nessa data de 65,7 mil milhões, ou seja, quase tanto quanto os demais maiores credores juntos (Alemanha, França, Inglaterra, USA e Itália). Não sei se Pedro Nunes Santos ingeriu alguma substância que lhe tenha perturbado tão gravemente o discernimento ou se foram reminiscências dos populares slogans estudantis sobre as propinas "NÃO PAGAMOS, NÃO PAGAMOS". Carlos Zorrinho veio já tentar colar os cacos e minimizar os danos na imagem do PS mas António José Seguro ficou numa posição extremamente desconfortável face às responsabilidades de Pedro Nuno Santos na bancada socialista e na estrutura do partido. Com o descontentamento social e a instabilidade crescente, a distância que nos separa do caos grego, é muita curta. E se este "não pagamos" inspirasse o "não pagamos portagens", "não pagamos taxas moderadoras", "não pagamos a electricidade", "não pagamos a água, o saneamento e o lixo", "não pagamos as telecomunicações" e já agora "não pagamos a casa", "não pagamos no supermercado", "não pagamos o IVA", "não pagamos a segurança social", "não pagamos o IRS", "não pagamos..."?

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