domingo, 2 de agosto de 2009

Inferno de Olga Roriz



Foi inesquecível e arrebatador o espectáculo a que se assistiu no Centro de Arte de Ovar na passada sexta-feira. Foram cerca de 2h de um espectáculo surpreendente e cativador e seguramente um dos momentos altos desta programação inicial.

4 comentários:

  1. Original a figura do pedinte e do homem sem cabeça.

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  2. Pena é que tais espectáculos estejam a passar ao lado do interesse de grande parte da população, mais preocupada em contar o miseros euros que mal dão para as despesas mensais e mesmo nada sobra para um pouco de cultura, pelo menos da que tem sido colocada ao seu dispor no Centro de Arte ainda que com custos de certa forma acessíveis. Uma oportunidade que está apenas a servir uma elite, que tambem neste campo se vai distanciando dos que culturalmente vão ficando à margem de tais oportunidades. O que é pena...

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  3. É pena sim, mas também é altura de questionar a oportunidade de tais espectáculos;quando o povo não tem plimplim para a bucha, quando o estômago se cola às costelas não há tempo para as coisas da cultura;esses dinheiros devem ser aplicados de forma pragmática, acorrendo às necessidades primárias de cada indivíduo.O artista não terá qualquer prazer em actuar para meia dúzia de gatos pseudo-intelectuais.O que está a acontecer é insulto à ARTE. Promoveria, assim,espectáculos de rua como os que se fazem por essa Europa fora e mesmo aqui como os que se fazem em Espanha. Não é preciso ir a Madrid ou Barcelona para os ver.Pantominas, comedia d´el arte, Shakespeare,Cervantes e por cá, também Gil Vicente.De resto, é da própria História que não é o Povo que tem de ir ao encontro da Arte, mas sim a Arte ao encontro do Povo.Já por várias vezes, ao longo da História e em situa´ções de miséria como as actuais, a cultura soube sair das 4 paredes e actuou nas ruas, de graça, sem receber mais nada que os aplausos do Zé Povinho, do Michel, do John Bull.Porque o Povo ama a Arte.Não tem é dinheiro para ir vê-la em salas de espectáculo.E muito menos agora.Por isso, meus senhores, é preciso reflectir acerca da aplicação desses dinheiros que são públicos e que deverá ser aplicado naquilo que é público.A menos que os ditos senhores sejam uma reencarnação dos Malatesta e outros que tais e paguem a Arte do seu próprio bolso, sem recorrer aos impostos de quem já tem tão pouco.Os verdadeiros artistas entendem do que estou a falar.

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  4. Gostei muito do espectáculo mas concordo relativamente à oportunidade. Idem relativamente à intensidade da programação. Idem relativamente à definição de prioridades na aplicação dos dinheiros públicos. Mas também não posso deixar de referir que no dia 17 de Julho tivémos um excelente espectáculo de Manecas Costa no Largo do Tribunal, era sexta-feira, a entrada era livre e o público foi muito reduzido. A publicitação tem sido grande e já não é a primeira vez que acontecem situações análogas. Em edição anterior da Feira do Livro num bom espectáculo de Jazz não estariam mais de 20 pessoas. Queixamo-nos de falta de iniciativas ou que não têm qualidade, ou que são caras, mas às vezes existem e também nem sempre dizemos presente.

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